"Nimbos" chegou a ter um prefácio de Carvalho Calero, quem definira o livro de poemas como restaurador da “poesía total”.
A primeira edição de Nimbos foi publicada em 1961 por Galaxia. A segunda, duas décadas depois, publicada pola Editora Nacional em edição bilingue, contou com um longo prólogo de Ricardo Carvalho Calero. A terceira edição foi dad a lume por Galaxia en 1989, novamente só em galego, mas sem o prefácio de Carvalho Calero. Foi precisamente esta edição que utilizou como base um conhecido jornal galego para uma coleção de literatura galega distribuída em 2002.
Conta Alfonso Blanco Torrado que Carvalho foi o maior conhecedor e admirador da obra de Díaz Castro, com quem mantivo contacto mesmo antes de se conhecerem pessoalmente (o prólogo de Carvalho ara NIMBOS é de 1981) no ano 86 do século passado, num apartamento que Carvalho Calero tinha em Lugo. Diz Alfonso (presente no encontro) que quando dom Ricardo abriu a porta, depois de estarem uns momentos observandose entre elas, Carvalho falou: “por fim conheço o homem”. Depois desse encontro, Díaz Castro visitou o professor en variadas ocasiões no gabinete que tinha na antiga faculdade de Filología en Maçarelos (hoje de Filosofía) e deram longos passeios pola velha de Compostela.
Díaz Castro admirava a obra e o conhecimento de Carvalho Calero, que lia e consultava, e dom Ricardo sempre tivo NIMBOS na mesinha, ao pé da sua cama, o que nos dá uma ideia do profundo respeito mútuo entre estes dous eruditos das nossas letras.
Lembra Alfonso Blanco os problemas que deu o prólogo de Carvalho Calero para a edição de 1989, primeiro traduzido por Galaxia ao galego oficial e que foi finalmente descartado com a escusa da perda da subvençao da Xunta de Galicia. Esse prólogo não voltou a ser editado em nenhuma das múltiples edições posteriores.
O prólogo está editado pola AGAL num velho livro que recolhe trabalhos de Carvalho Calero entre os anos 80 e 85 do século passado.